quinta-feira, 30 de maio de 2013

POEMA AMOR VERTICAL



AMOR VERTICAL

Pode parecer Federal
Talvez uma federação de ideais
Amor vertical
Beijos de amor cordeais
Poderá ser o amor a fazer sinal,
Numa mostra de bonsais
Estava eu num sonho real,
A silhueta do anjo, em jeito de arrais
Me observava angelical
Imaginei poses teatrais
Alumiava o espaço com castiçal,
Castiçal com as suas velas liberais,
Uma vela refulgiu, explodiu laical
A explosão me lançou nos espaços vitais
Voei e piquei como pardal
Continuei ainda na Galáxia, nos espaços celestiais
Meu destino, não pareceu primordial
Posso pensar em condutores geniais
Me fizeram aportar a um quintal
Em espaços siderais
Olhei humilde como um clerical
Não avistava portais
Porém uma mulher beleza sem rival
A olhei, como se fosse detentora de toques musicais
Em ambiente basilical,
Nossos olhares se cruzaram leais
Se fixaram como no período medieval
Senti o brilho dos dela como cristais
Depois dei por mim a acordar no planeta terreal
Meditei no sonho, que revivi, esfreguei meus olhos leias
Espaço vazio, sem sentido, parecia matagal,
 Vozes de anjos nos seus rituais
Me pareceu, entoavam um hino vocal
Exultei com os seus lexicais,
Mais quando o mulher do sonho me abraçou afinal
Amor de belezas intemporais
Amor vertical!

Daniel Costa

 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

POEMA AMOR SALIENTE



AMOR SALIENTE

Ao sabor da corrente
Em qualquer margem
Amor saliente
É amor de eterna viagem
Sempre será ardente
Não conhecerá derrapagem
Será sempre evidente
Nunca miragem!
Sonhava assim, em torrente
Sonho a parecer selvagem
Sentia um anjo contente
Sem ver a sua imagem
Por sua interferência, naturalmente,
Me senti sacudido por uma aragem
Aconteceu de repente,
Viajar no vácuo sem pilotagem
Me senti livre, sorridente,
Sorridente sem triagem
Me senti, noutra Galáxia, estridente
Sem querer saber tempos, senti coragem,
Pousei à vista duma mulher atraente,
Nem imaginei como se dera a dobragem
A mulher no seu vestido branco e fosforescente,
Mágica imagem!
Meu coração vibrou docemente,
Meus olhos brilharam numa viragem
A imagem doce da linda mulher era permanente
Nossos olhares se cruzaram, como em romagem
Acordei contente,
Contentamento que redundou em clivagem,
Quando ouvi uma voz abrangente
Era a do anjo com a mulher, beleza de atraente roupagem,
Suspirei, penitente,
A rainha dos meus sonhos ficou sendo da minha linhagem
Amor saliente,
Saliente e permanente!


Daniel Costa

terça-feira, 28 de maio de 2013

AMOR DE CHUVA OUTONAL



AMOR DE CHUVA OUTONAL


Parecia vitral
Movida como prece, a chuva caia
Amor de chuva Outonal
Era assim que fluía
Como devoção em catedral
Se via cair noite e dia!
A via como teatral
Sonhando revivia
Amor de chuva Outonal
O meu anjo guardião sorria
Como se estivesse em arraial.
Escutando o som da melodia
Eu dormia sorridente como em festival
Onde o fogo-de-artifício saía
Amor de chuva Outonal
Ali em artifício sairia,
Na vertical,
Me elevando, me iluminaria,
Para em outra Galáxia a voar, genial!
Grande espaço conheceria,
Amor de chuva Outonal!
Me pareceu sem comando, ânsia havia!
Num dado momento, sazonal,
Me apaziguaria
Com uma visão a parecer celestial
Parara junto de uma iguaria,
Amor de chuva Outonal
Na figura de linda mulher, que amor irradia
Meu olhar faiscava, gravitacional
A bonita mulher, o meu coração tocaria
A vista do mar, os destroços, me parecera via promocional
A seta, de qual cupido, me atingiria,
Amor De chuva Outonal
Mirei ainda a rocha calcária, que me prendia,
Onde a mulher já estava a posar, elegendo um palco medieval
Enlevado, acordaria
O que era natural!
Senti um calafrio, tremia!
Amor de chuva Outonal
O anjo se moveu, eu sem aquele amor não ficaria!
 Amor de chuva Outonal!


Daniel Costa

segunda-feira, 27 de maio de 2013

POEMA AMOR INDIGENA


 



AMOR INDIGENA
Flor como açucena,
De despreconceito
Amor indígena
Amor de efeito
Amor que se alia
Miscigenação, o Brasil mais perfeito
Se criou a mulher cafuza na maior arena,
De amor a preceito
Assim sonhava eu com uma melena
O anjo perfeito
Sentiu o sonho como cena
Imagina dos ameríndios o que foi feito!
Dos índios “tabajaras” a “potiguaras”, ena!
Que na Paraíba tinham seu leito!
O anjo queria muito saber, valia e pena!
Pensou noutra galáxia, afeito
Me transformou de alienígena
Sem saber como, me senti sobrevoar a preceito
Mágico sem antena
Na imensidão, noutro conceito!
Em determinada verbena
De interferências nada conhecia de jeito
Me senti parar, sem cantilena
O meu languido olhar, produziu efeito
Então deparei com uma mulher morena
Senti arfar o peito
 Meus olhos, chisparam uma luz serena
Olhava uma índia, de amor de respeito
Parecia ter viajado no tempo em novena
A índia era linda, eu já afeito
Soluçava como uma Madalena
Quando já esfregava os olhos no meu leito
Quando uma voz sincera
Soava no além, parecia penetrar pelo parapeito
A índia donzela, quimera já não era
Com seu amor me deleito
Amor indígena!
Para amar a índia deusa, pelo anjo fui eleito! 

Daniel Costa

 
 

sábado, 25 de maio de 2013

POEMA AMOR DE CONSCIÊNCIA


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 AMOR DE CONSCIÊNCIA

Efervescência
Condição especial
Amor de consciência
Consciência vocacional
Sonho de evidência,
No planeta terreal
Sonho configurando prudência,
Prudência que um anjo vigiava teatral
Observava intervalos de turbulência
Notava hipertensão fulcral
Ponderou com paciência
Formulando a possibilidade real
Sua eminência,
Sua origem celestial
Imbuído de vidência,
Olhou sorridente, me sentiu leal
Mostrou clemência,
Clemência vertical.
Constituída por pégaso e pião, bivalência!
Comigo voavam e giravam, num manancial
Giravam em cadência
Rapidez e intrepidez descomunal
Já na galáxia mostravam competência,
Percorrer os ares, parecia o objetivo primordial
Porém, era apenas dependência
Do anjo celestial
Em certo momento, a parecer diligência
E embaixada astral estacionou tangencial
Junto de uma mulher de verdade e decência
Mostrava larga tabuleta, decerto terreal
Fixei Guarabira, sua literatura de excelência
Bem enquadrada, mais confidencial
Na sua polivalência
Me atraiu com seu sorriso no olhar existencial
 Estava acordado, sentindo no coração demência
Quando dei por mim, me senti penitencial
Meditativo, minha ciência!
 Me lamentava em torrencial
Jamais perdi a postura, de sapiência
Eis que, o espectro do anjo me premiou com um sinal
Com a mulher que desejei de beleza e eminência
Amor de sonho original
Amor de consciência!
Amor vertical!


Daniel Costa


  

quinta-feira, 23 de maio de 2013

POEMA AMOR DE SERENATA



AMOR DE SERENATA 


Ao longe soava a traviata
Mais perto o bolero
Amor de serenata
Som de Verdi aurífero
Em jeito de sonata,
Acompanhando o género
Estava reunida música de ágata
Mais antiga a europeia, sem exagero
Depois a sul-americana de prata
Bastante praticada no equilátero,
Da brasileira Paraíba, tocata
Sonhava, balsamífero
Meu anjo da guarda me velava diplomata
Tentado ser sagaz e amorífero
Ganhei como magnata,
Uma viagem de helicóptero
Alado, visando outra galáxia de concordata
Assim sustentado voei como cristalífero
Onde ecoou também a cantata
Foi onde parou o metalífero
Eu, poeta, de fato e gravata
Sedutor e amorífero,
Uma estrela de musicata
Senti enorme prazer de ver, de olhar sincero
Bonita mulher airosa como nata
Meu olhar refulgiu, diamantífero
De encontro ao seu, o meu brilhou, a resultar bravata
Quando acordei, senti amor infrutífero
Oculto, o anjo me observava e em cantata
A mulher amada, me entregava, debaixo do úmero
Serenata de amor, na alvorada, fragata.
Fragata de velame, platina e aquífero
Amor de serenata,
Amor de serenata,
Amor de serenata! 


Daniel Costa

quarta-feira, 22 de maio de 2013

POEMA AMOR DE SOLÁRIO


AMOR DE SOLÁRIO

Pegara no breviário
Retrocedendo aos tempos de escola
Amor de solário
Breviário e sacola
Sonho de anedotário,
De bastante graçola
Não incluía, infantário
Procurava já uma bitola
Sonho já sério, de ideário
De telescola
O anjo me observaria voluntário
Veria uma antiga vitrola?
Como corolário
 Me catapultou como mola,
Como um templário
Me senti carola!
Tinha-me feito fundibulário
Passei na via láctea, avistei Angola
 Adorei o pôr-do-sol como hospitalário,
No planalto da Lunda, com estola
Atingi a Galáxia, com o meu vocabulário
Voei, parecia à deriva, como estarola
Devia parecer sumário,
  Mendicante de esmola,
Sem horário,
Com caçarola
Entrementes me senti fabulário
Me fixava no que parecia argola
 Senti irresistível vontade de não ser perdulário
Depois de mirar bem como Zola
Bonita mulher, beleza de vestuário
O seu vestido estampado a parecer girandola
Nossos olhares se cruzaram, em jeito de angulário
Como bússola
Faiscaram como olhos de dinossáurio
Depois aconteceu a provável beiçola
Acordei reptilário,
Porém, a mulher de madrepérola
Era o amor de solário,
Que o anjo me reservara como amor de parábola,
Amor de solário! 

Daniel Costa

terça-feira, 21 de maio de 2013

POEMA AMOR CLARIVIDENTE



AMOR CLARIVIDENTE

Sempre presente
Sem reservas ocasionais
Amor clarividente
Sem louvores paternais
O sonho é uma vertente
Vertente de vontades reais
Era assim o meu sonho insistente
O meu anjo assentia demais,
Estando muito presente
Como se fosse mestre de tribunais
A humana vertente
De tribunais celestiais
Não estava febril mas ardente
O anjo olhou, sorriu em termos ficcionais
Se mostrou condescendente
Me alou, me fez passar por zonas Saturnais
Até à Galáxia, como antevidente
Continuei em voos dimensionais
Rumo a ocidente
Até a um cais
Dali à visão duma mulher residente
Diria, a mulher sol nos seus roxos vocacionais
 Com as suas elegantes mãos, conjunto aplaudente
Ao piano com belos acordes musicais
Porte de beleza excelente
Poses sensacionais
Depois em escadaria, parecia vidente
Meu olhar, preso a ela balbuciando ais
Me concedeu um olhar confidente
Foi quando acordei, sofri demais
De novo o anjo sorridente
 Um coro me aplaudia, em termos meridionais
A beldade junto era o meu presente
Durante o sonho, os meus olhos foram oracionais
Amor clarividente!

Daniel Costa