quinta-feira, 31 de março de 2016

POEMA NÓMADA FLUENTE DIGITAL




NÓMADA FLUENTE DIGITAL

 

Imaginemos um edital

Édito anormal e nómada,

Nómada fluente, digital

Pronto a atender a chamada

Ainda que seja zenital,

Da terna e eterna amada,

Do novo mundo interdigital,

A configurar alvorada

Elipse estrutural e orbital

Da celeste abóbada

Em galáxia intercontinental

Agridoce, amendoada

Rastos de luz e cristal

Cariz de musical balada

Nómada fluente digital!

Sopro, evidente baforada,

Cerimonial em forma dialectal,

Forma assaz brejeirada

Postura pura e vertical

Diligente caminhada,

Nómada fluente digital.

 

Daniel Costa
 
 

segunda-feira, 28 de março de 2016

domingo, 27 de março de 2016

POEMA BANCA - BANCARROTA




BANCA – BANCARROTA
 
Sonho de garota
Nos valha o CEO!
Banca - bancarrota
Passado o apogeu,
Ficou apenas o agiota
Previsibilidade, tudo feneceu!
O governador ficou a olhar a gaivota
Veio o Ceo, tudo estremeceu
Ficou a eterna anedota,
 Com menos do que venceu,
Continuando a pagar, para gerir a frota
 Do direito, o povo é pigmeu?
Ou o fazem académico da derrota?
Com legislação, fazendo do povo réu!
Dele o mundo ri, faz chacota
Foi o que na academia se aprendeu?
Dos depósitos almeja quota
Que vejo eu? Um jubileu!
Depositar debaixo do colchão, janota,
 No baú como Caldeu!
O ó da banca, que vá ao Totta!
Nos valha um CEO!...
 
Daniel Costa
 

sexta-feira, 25 de março de 2016

POEMA ANJO DE ANTOLOGIA



ANJO DE ANTOLOGIA 
 
Fará parte da mitologia
Da religiosidade, da tradição,
Anjo de antologia,
Da vida condição,
Da astrobiologia,
Tratado de erudição
Reverente escatologia
Na procura da perfeição,
Da velha romanologia,
De certa premonição
Sem recorrer à futurologia,
Sem esquecer a tradição
Menos pensar em magia
Ajustando definição
À celestial musicologia,
Coro de anjos em entoação
Anjo de antologia.
 
Daniel Costa
 

 

segunda-feira, 21 de março de 2016

POEMA MÚSICA - A VOZ DE DEUS




MÚSICA – A VOZ DE DEUS
 
O ignorariam jacobeus
A simplicidade da verdade
Música – A Voz de Deus
A celestial tonalidade,
A que até se renderia Zeus
E o mundo da cristandade
É de crer que, até os Caldeus,
Unindo justiça na realidade
Música – A Voz de Deus
 Voz de luz e autenticidade,
Até para os fariseus
Procurando benignidade,
Ainda que vivessem como corifeus,
De tragédias da comunidade!
Música – A Voz de Deus
Jubilosa sonoridade,
A impressionar ateus,
Intenso brilho e luminosidade,
Para quem se imagine semideus,
… A toda a irmandade!
Música – A Voz de Deus!...
 
Daniel Costa
 


 


 


 

sábado, 19 de março de 2016

POEMA ANJO DO TALENTO



ANJO DO TALENTO
 
Paira galhofento
Jamais clama vitorioso
Anjo do talento
Aura de brioso
Luta contra o vento
Eternamente curioso,
Curioso e isento
Luta laborioso
Sem fazer espavento
Parecerá misterioso
Verdade de intento
Parecendo industrioso,
Contudo é luarento,
Jeito de voluntarioso,
Vontade de luxento
Memória de afanoso
Vontade de ornamento
Iminentemente afectuoso
Anjo do talento
 
Daniel Costa
 
 
 

quinta-feira, 17 de março de 2016

POEMA A FIGURA DO FAROLEIRO




A FIGURA DO FAROLEIRO
 
Nobreza de badaleiro
Isolado por convicção
A figura do faroleiro
Da marinhagem caução
Fiel guia e cavalheiro
De mental compleição
Compenetrado moleiro
Observador de eleição
Da maré relojoeiro,
Da sua configuração,
Atento no seu poleiro,
Aos ventos, à sua conjunção
Do imenso atoleiro,
Se os ventos não correm de feição,
Águas do mar, esse noveleiro,
Agora suave de contrição,
Logo infiel, traiçoeiro
Bravura por definição
A figura do faroleiro.
 
Daniel Costa
 
 

sábado, 12 de março de 2016

POEMA CEAR À LUZ TÉNUE DA CANDEIA



CEAR À TÉNUE LUZ DA CANDEIA
 
Quem nada ou pouco tem,
Com pouco se remedeia
Daí a riqueza lhe advém
Cear a ténue luz da candeia
Memórias e vitórias; retém,
Ficam talvez como panaceia
Oh senhor conde de Ourém!
O fado à luz de velas incendeia,
As vozes jamais mentem,
Trinam, recordam epopeia
Corações a bater como totem
Recordam ao longe a sereia,
Memórias pelo gesto se repetem
Cear à ténue luz da candeia,
Luz titubeante, trajectória de ontem!
Necessidade, da vida teia,
Antropologias que se sentem,
Turbilhão de guerra, que vagueia,
Coisas do passado que advertem,
Cear à ténue luz da candeia.
 
Daniel Costa
 
 

terça-feira, 8 de março de 2016

POEMA DA JANELA DO MEU SOTÃO



DA JANELA DO MEU SOTÃO
 
 Algo como o protão,
Tinha à mão o mundo
Da janela do meu sótão
Tudo se me apresentou profundo
Dormia naquele caixotão
Em sonho feliz, quiçá fecundo
Escutava o mar, jeito de vergastão
A embater na rocha se detendo
Longe, em descomunal ondulação
Cabo Carvoeiro, oriundo
Os urros das ondas em ebulição
Impacto nas rochas num som furibundo.
Da janela do meu sótão
Formou-se um “erudito” oriundo
Escudado em cultura de baú, pobretão!
Á luz do petróleo se examinando,
Desbravando leituras, como eremitão
Fazendo figura (fraca) esperando
Ao fenecer a janela do meu sótão…
Jeito de pináculo de catedral se foi antevendo,
 Da janela do meu sótão.
 
Daniel Costa

 

domingo, 6 de março de 2016

POEMA ANJO DA ESTÉTICA



ANJO DA ESTÉTICA
 
A vida será cromática
Assim a devemos entender
Anjo da estética
Havemos de a compreender
Na nossa dialética
Boas ideias distender
Em maviosa estilística
Amar e compreender
Em mental ginástica
Como foral a subentender,
Subentender com justiça
Anjo da estética
Cuida dessa premissa
Para tudo haja ética
Leis a tudo estender
Tornando a vida ecléctica
Todo o mundo a corresponder
Em majestosa mística
 Mundo moderno! Iremos empreender!
Anjo da estética.
 
Daniel Costa

quinta-feira, 3 de março de 2016

POEMA MAR DA SAUDADE




MAR DA SAUDADE
 
Amar com ansiedade
 Doce mar a embrumar
Mar da saudade
Vida de amor a perfumar
Desejar a beldade,
Marulhar a inflamar
Beleza de profundidade,
Búzio da beleza escutar,
Enfrentar a continentalidade
Rodear o espumar,
A sua diversidade
Fidelidade a aprumar
Desejo em continuidade
Espera a alfazemar,
Esperança de copiosidade
Mundos a diplomar,
Atingindo a objectividade,
Tendente a tudo legitimar
Com veracidade
Para além do oceano, do mar
Mar da saudade.
 
Daniel Costa