sábado, 12 de março de 2016

POEMA CEAR À LUZ TÉNUE DA CANDEIA



CEAR À TÉNUE LUZ DA CANDEIA
 
Quem nada ou pouco tem,
Com pouco se remedeia
Daí a riqueza lhe advém
Cear a ténue luz da candeia
Memórias e vitórias; retém,
Ficam talvez como panaceia
Oh senhor conde de Ourém!
O fado à luz de velas incendeia,
As vozes jamais mentem,
Trinam, recordam epopeia
Corações a bater como totem
Recordam ao longe a sereia,
Memórias pelo gesto se repetem
Cear à ténue luz da candeia,
Luz titubeante, trajectória de ontem!
Necessidade, da vida teia,
Antropologias que se sentem,
Turbilhão de guerra, que vagueia,
Coisas do passado que advertem,
Cear à ténue luz da candeia.
 
Daniel Costa
 
 

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