sábado, 19 de dezembro de 2015

POEMA A TIBORNA


 
A TIBORNA
 
A gaiata o burgo orna,
Com o seu ar ligeiro
Ao olor da tiborna,
De preparado caseiro,
Com água morna
Pão de milho do quinteiro
Ali à vista da taberna
Esfregado com um alho inteiro
Em jeito de sopas se adorna,
Com azeite do galheteiro
Em petisco se torna,
Depois de Fevereiro,
O mundo se transforma  
Em dias altos como outeiro,
Tudo em alta forma
Em espaço vinhateiro
Olhem a imagem! Até a bigorna!
A gaiata, com graciosidade de caldeiro,
O quadro de beleza se entorna,
Em jeito de pena a sair do tinteiro
Duro trabalho e a tiborna!...
O jornaleiro despenseiro.
 
Daniel Costa
 
 

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