quarta-feira, 14 de abril de 2021

A FILGRÁFICA E O CITROEN

 

 

A FILGRÁFICA E O CITROEN

Ocorria o ano de 1972, na Feira Internacional de Lisboa, deu-se a  FILGRÁFICA – Feira Internacional de Artes Gráficas, o grande acontecimento do Mundo Gráfico, em que  a Selecor se fez presente  com o seu stand. A despesa com esta acção, embora elevada para uma empresa de pequena dimensão, era e foi um bom investimento, a médio prazo.Logicamente, Rangel esteve sempre presente, do abrir ao fechar da feira, como pessoa que contactava com clientes.Então já lhe fora atribuída a carrinha “Citroen”, já tinha o distintivo da Selecor, pintado e bem visível na parte de fora do “airberg”.Com a presença do certame e o distintivo bem visível na carrinha, que diariamente, nas deslocações que Rangel fazia a visitar clientes, a Selecor  já estava a conhecer enorme sucesso, traduzido no aumento de clientela.Logo ali na Filgráfica em novos contactos havidos, o Rangel angariou novos clientes, assim como o Emílio que foi contactado por outros. Enfim logo ali se viu o acerto de contratar o Stand.Entretanto numa das semanas, em dias diferentes, a feira foi visitada pelos, então mais altos dignatários da Nação: Presidente Almirante Américo de Deus Tomás, e Presidente do Conselho de Ministros, Professor Marcelo Caetano.Como a visitaram de manhã cedo e aquela majestosa feira, apenas abria ao público às 15.00 horas, foi encarregado de se perfilar diante do Stand de Selecor o Rangel, que cumprimentou, como era de praxe, os dois políticos.Eram outros tempos políticos e a propaganda, esteve confinada a pouco mais, que ao acompanhamento das câmaras da Rádio Televisão Portuguesa.Como havia já o novo carro, o “Citren” de dois cavalos, a “Diane”, com logotipo em ponto grande, a tornar este bem visível, tudo se conjugou para um grande impulso do Atelier Selecor, que aumentava assim a carteira de clientes.Por força a rentabilidade, ia como em popa de navio, por força.E ia mas, o administrador, seu Emílio, não tinha em conta o que é um objectivo empresarial, na verdadeira acepção da palavra, e dera em ter a empresa, apenas como objectivo de esbanjar lucros em objectivos particulares, de que se falará, em capítulos seguintes.Por hora, devo apresentar o homem charme, o produtor e apresentador de televisão João Martins, que ali se fazia representar a miúde, no seu charme de homem bem, no seu Mercedes, com “chaufer”. Esse só era atendido por seu Emílio.O objectivo seria, ambos criarem uma produtora de televisão, para o que chegaram a alugar um apartamento, com esse objectivo.Entretanto, a produtora não passou de projecto e João Martins deixou de aparecer.

Daniel Costa

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