sábado, 30 de janeiro de 2016

POEMA NICE MARIA




  






NICE MARIA
 
Sorrir é vitória
Abreviatura; Nice,
Nice Maria,
Caruaru cúmplice,
De Pernambuco diria
Do poeta apólice,
Ao poeta se ligaria:
- Ao repentista num ápice
À sua viola apontaria,
Do Zé Limeira cálice!
Do absurdo periferia
Cursada; vórtice
Nice Maria
Guerreira; denguice
Signo câncer lhe tocaria
Excelente índice
Sensualidade juraria
Cidade de enfeitice,
De Teixeira; confraria
Mulher beleza, que se cobice
Nice Maria.
 
Daniel Costa
 


 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

POEMA ÍNDIA MINHA PAIXÃO



ÍNDIA MINHA PAIXÃO
 
Foi numa baía do sertão
Dado não ser xenófobo,
Índia minha paixão
Me apaixonei - Oh Conde de Farrobo!
Que nem és da minha geração!
Mas do tempo do rei probo,
D. José na governação
Para o Brasil, sem usar o seu bobo,
Decretou a miscigenação
O seu amor englobo,
Índia da minha paixão,
Índia de amor demófobo!
Bendita concepção!
Amor puro, não brasilófobo,
Índia, minha paixão.
 
Daniel Costa
 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

POEMA ANJO HORTELÃO



ANJO HORTELÃO

 

Na horta é-se tecelão,

Minha horta do arneiro!

Anjo hortelão,

Apontando o quinteiro

Pairava a fazer de capelão

Terno alvissareiro

Dedilhando um violão

 Estava nisso, por inteiro,

A manter verde o chapelão

Anjo medianeiro

O verde dando-me satisfação

Na adolescência doceiro

Arte para manter a criação,

De que era, como, pioneiro

Criava com vontade do coração,

As plantas me faziam gaiteiro

A sua verdura exibia emoção

O anjo me fazia sentir aventureiro,

A aventura perdurou então

Nunca me senti prazenteiro,

 A horta enchia a casa de pão

Revelia transformada em luzeiro

Anjo hortelão,

Sacro santo cavaleiro,

Viria deste a bênção.

 

Daniel Costa
 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

POEMA DESENTERRAR E SABOREAR PÉS DE BURRO


 
DESENTERRAR E SABOREAR PÉS DE BURRO
 
Admirei o convite, num sussurro
Caminhar até vale da serra
Desenterrar e saborear pés de burro
Os tan – tantans, convidavam a ir à terra
Os irmãos, a certo ponto, soltaram um berro
O eco pareceu sair do cabo Finesterra
É ali, neste ponto, de aterro,
Sítio único, quiçá do mundo, desta terra
Escavando apenas, com as mãos, desenterro,
O tubérculo de sabor adocicado, canto de fanfarra!
A natureza tem apresentado perímetros, onde esbarro
Que não esquecem, como gambiarra
São como o utensilio alentejano - Tarro
Luz a brilhar em mentes, de cérebros de jarra
Desenterrar e saborear pés de burro
Aquele pequeno fruto original, de parra
 Minúsculo, formato de cebola, na frente do morro,
Daquele sitio, lá da terra, do vale da serra,
Valerá a pena recordar, da lembrança me socorro,
Situo a originalidade botânica, da farra
Em terras da cidade de Peniche, bem bizarro,
E os tan – tantans? A recordação é amarra!
Desenterrar e saborear pés de burro.
 
Daniel Costa
 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

POEMA A CORAGEM DA FELICIDADE





A CORAGEM DA FELICIDADE
 

Jamais é forma de vaidade
Jamais é sinónimo de vitória
A coragem da felicidade
Será mais o desejo de glória
A glória de procurar a verdade
A miragem da sabedoria,
Será espirito de combatividade,
Fuga da vida de monotonia,
Espreita da ecumenicidade
Esperança de benfeitoria
Ser feliz é espontaneidade,
É rumo, é efeito de trajetória
De gerar bonita fecundidade,
Imaginando mundos de senhoria
A coragem da felicidade,
Vida sagaz espreitando convocatória
Remando na flexibilidade
No azimute da crescente melhoria,
Melhoria da sociedade.
 

Daniel Costa

sábado, 9 de janeiro de 2016

POEMA AMOR DE SIMBIOSE

 
AMOR DE SIMBIOSE
 

Gostosura de virose
Que será? Questiono o Criador!
Amor de simbiose
Quiçá, grande aliciador!
Amor de osmose
Admira-se como prefaciador
Deixa aí a sua pose,
Excelência de historiador
Amor de simbiose
Ardor acariciador
Relicário de metamorfose
De saudades anotador
Gerador de virtuose,
Virtude de esplendor,
Amor de simbiose
Tranquilo e avassalador
Virtude de gnose,
Coração contemplador
Doce como sacarose
Terno e eterno regulador
Amor de simbiose.
 

Daniel Costa

 

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

POEMA CATARSE DE HUMANISMO



 
CATARSE DE HUMANISMO 
 
Deixemo-nos de seguidismo
 Sentir a vida em tom moderno
Catarse de humanismo
Como se fora autogoverno
A vida não é abstencionismo
Vejamos Sófocles em caderno
Exemplifiquemos com determinismo,
Com labor complacente e fraterno
Catarse de humanismo
Altruísmo a rondar adorno
Pensemos a vida com ecumenismo,
Intenso labor como contorno,
Procurando exercer altruísmo,
 Colo permanente, como materno
Catarse de humanismo,
Tecendo um modo feliz e eterno
Embalamento de intervencionismo
Sempre olhar confraterno,
Isento de exibicionismo,
Podendo-se dizer: fora o suborno!...
Catarse de humanismo!... 

 
Daniel Costa
 

domingo, 3 de janeiro de 2016

POEMA ANJO DE QUIMERA



ANJO DE QUIMERA 

Paira na atmosfera
A cuidar do destino
Anjo de quimera,
Vigiando com tino
Transparência de cera
Em jeito de paladino,
 De nós, o amor espera,
O amor fará destino
Anjo de quimera,
Destino bizantino,
Com soluções intervirá,
Lâmpada de Aladino,
A paz proverá,
 Amor como término
Anjo de quimera
Musical de violino
Conceito de ópera,
De sagração genuíno
Anjo de quimera
Mundo peregrino,
Que vigiará e susterá
Mundo em desatino,
Anjo de quimera.
 
Daniel Costa