segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

POEMA DESENTERRAR E SABOREAR PÉS DE BURRO


 
DESENTERRAR E SABOREAR PÉS DE BURRO
 
Admirei o convite, num sussurro
Caminhar até vale da serra
Desenterrar e saborear pés de burro
Os tan – tantans, convidavam a ir à terra
Os irmãos, a certo ponto, soltaram um berro
O eco pareceu sair do cabo Finesterra
É ali, neste ponto, de aterro,
Sítio único, quiçá do mundo, desta terra
Escavando apenas, com as mãos, desenterro,
O tubérculo de sabor adocicado, canto de fanfarra!
A natureza tem apresentado perímetros, onde esbarro
Que não esquecem, como gambiarra
São como o utensilio alentejano - Tarro
Luz a brilhar em mentes, de cérebros de jarra
Desenterrar e saborear pés de burro
Aquele pequeno fruto original, de parra
 Minúsculo, formato de cebola, na frente do morro,
Daquele sitio, lá da terra, do vale da serra,
Valerá a pena recordar, da lembrança me socorro,
Situo a originalidade botânica, da farra
Em terras da cidade de Peniche, bem bizarro,
E os tan – tantans? A recordação é amarra!
Desenterrar e saborear pés de burro.
 
Daniel Costa
 

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