terça-feira, 31 de maio de 2016

POEMA RECADO PARA O ALÉM (Dia da Mãe)



RECADO PARA O ALÉM (Dia da Mãe)
 
A saudade se mantém
Dia teu, abençoado
Recado para o além
Rendido ao teu legado!
Preces - Jamais se detém,
Ser feliz, teu sorriso amado!
Desvelos se equivalem
Enriquecimento doado
Nove filhos, que te valem
Lar rico, amendoado
Esperança, morreu, já era alguém!
Sonho desejado, doirado
Após, vieram oito – Oh mãe!...
A felicidade, o ameloado!
Teus desvelos te impelem,
Amor arrazoado,
Existentes invejas, provém
Nunca soubeste o invocado,
Esse evidente trem
Agora sei, fica no ar o recado,
Recado para o além,
A felicidade é motivo invejado!...
É riqueza, que nem sempre se obtém,
É criação de postolado!
Foi a herança que deixaste mãe,
É este o meu recado!...
 
Daniel Costa
 

sábado, 28 de maio de 2016

POEMA QUANDO FUI TRADUTOR



QUANDO EU FUI TRADUTOR
 
Especial autor
Vida bem dividida
Quando eu fui tradutor,
Tenaz vida desprendida
Objectivo de construtor
Atividade entendida
Necessidade de co-autor
Língua urdida
Recorrente translator
Inglês, língua expendida
Castelhano assertor
Veio o italiano da Cândida
Assumi ser descritor
Sem mente confundida,
De jornalista editor
Tradução livre, rendida
Várias vezes executor,
Missão cumprida!
Quando eu fui tradutor
Vocação límpida.
 
Daniel Costa

terça-feira, 24 de maio de 2016

POEMA QUANDO EU FUI MARCENEIRO



QUANDO EU FUI MARCENEIRO
 
Porque não carpinteiro?
Profissões de trabalhar madeira!
Quando eu fui marceneiro
Das horas livres, arrumadeira
Seria forma de cancioneiro?
Comigo não foi brincadeira
De criança sagaz altaneiro
Até fabriquei de costaneira,
Para coelhos andar soalheiro,
Para galinhas, palácio – capoeira,
 Eficaz, mestre presenteiro
Banca para trabalhos de rendilheira,
Jogos de matraquilhos, sem empreiteiro,
Construí de forma rotineira,
Mesas secretária, sem dinheiro,
A imaginação resolvia à maneira
Vim a construir escritório verdadeiro,
Magia tenaz e urdideira,
De editor, com ademanes, fronteiro
Resultou abençoadeira,
Quando eu fui marceneiro.
 
Daniel Costa
 
 
 
 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

POEMA QUANDO EU FUI ESTENÓGRAFO




QUANDO EU FUI ESTENÓGRAFO
 
Depois de dactilógrafo
Imaginei novo patamar
Quando eu fui estenógrafo
Visei formação programar
De Xenofonte, coreógrafo!
Saber nova fórmula de declamar,
Do pensador de Atenas hológrafo!
Anotando, em traços poder afirmar
Quando eu fui estenógrafo
Julguei o currículo alfazemar
Atributos de veloz fonógrafo
Diploma passado a animar
 Arvorado em cosmógrafo,
 Estenógrafo, nem valia me diplomar,
Podia ter parado num parágrafo
Porém, me julguei afirmar,
Me julguei filósofo,
Reportando, a confirmar,
Quando eu fui estenógrafo
Antes de poder a voz cromar,
Tirei curso de estenógrafo.
 
Daniel Costa
 

domingo, 15 de maio de 2016

POEMA QUANDO EU FUI CONCERTADOR DE LOIÇA DE BARRO




QUANDO EU FUI CONSERTADOR DE LOIÇA DE BARRO
 
 
Parecerá interessante e bizarro
A imaginação de ganhar dinheiro
Fui consertador de loiça de barro
Necessidade de fazer mealheiro
Com necessidades em casa esbarro,
Ainda criança, mental archeiro
Antes, fabriquei bem, sem erro,
Necessárias peças, como cavalheiro,
Fabriquei brocas de aço, para aforro
Unir cacos por gatos, sem conselheiro
A brocar, esburacava como um zorro
 Colocava peças de arame por inteiro
Previamente, achatadas, lá no bairro,
As pontas dobrava - como engenheiro
Depois, argamassa de socorro,
 Branca cal, trabalho de joalheiro!
Utensílio vedado, sem jorro
Eis como ganhei como garimpeiro,
Fui consertador de loiça de barro,
Sendo consertador tarimbeiro.
 
Daniel Costa
 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

POEMA QUANDO EU FUI FREELANCER



QUANDO EU FUI FREELANCER
 
A liberdade enaltecer
Missão de jornalista,
Quando fui Freelancer
Escrevia como aguarelista,
Tentava ao mundo agradecer
Procurava ser solista,
 A filatelia engrandecer,
A selomania espiritualista,
O gosto por selos fortalecer
Enaltecendo o filatelista
O meio ajudar a engrandecer,
Sendo, das letras idealista
Esclarecer e transparecer
A lusofonia foi sempre, pista
Movimento a transparecer
Missão de jornalista,
Pôr o movimento a enobrecer
Missão de especialista,
Quando fui Freelancer.
 
Daniel Costa
 
 
 

domingo, 1 de maio de 2016

POEMA QUANDO EU FUI OPERÁRIO




QUANDO EU FUI OPERÁRIO
 
Jamais fui mandatário,
Naturalidade e humildade
Quando eu fui operário,
Moratória de sazonalidade,
Construção de itinerário
Empedrado de atratividade
Qualidade de binário
Picaretas de felicidade
Reinos do extraordinário
Veracidade e integridade
Como se fora expedicionário
Verão alta tensão – electricidade
Picareta e enxada de cabo paritário
Buraco, poste em comunidade,
Erguido, passionário
Destinado à corrente da localidade
Subida, cinturões de relicário,
Operário em construção, efetividade
Tijolo, transportado, unitário,
À formiga, elasticidade
Mundo feliz paritário,
Mundos de simplicidade
Quando eu fui operário.
 
Daniel Costa