quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

POEMA ELOAH POETISA


 
 


ELOAH POETISA  
 
Mulher bonita, deve dizer-se à guisa
Naschenwen de imperatriz
Eloah poetisa
Westphalen de directriz
Terá outra frisa,
Outra nacionalidade por raiz
Porém a Lusofonia, é a sua divisa
Da cultura mediatriz
Passou por Lisboa com porte de papisa
Naturalmente, do europeu País!
Eloah poetisa
À poesia deu estímulo feliz
Sempre a inclui na bagagem, a frisa!
O poeta que a encontrou, é quem o diz
Quem o afirma,quem o profetisa!
O seu charme, a beleza, com a cultura condiz,
A sua descrição a mediatiza,
Aromatiza, o espaço que torna matriz!
Eloha poetisa
No seu espaço traça a bissetriz,
 O espaço pisa e o espaço frisa
A capacidade emerge do seu peito, em jeito de atriz
Eloah poetisa!
 
Daniel Costa
 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

POEMA AMADA AMANTE


 
AMADA AMANTE
 
Do poeta, quiromante
Alma da sua imaginação
Amada amante
 Sua fascinação
Mental declarante
Eterna predestinação
 Gaiata exuberante
De outra religião
Amada amante
Terna sensação
Serás doravante,
Já eras no Verão
Flor de diamante,
Anjo da redenção
Amada amante
Inspirada afirmação
Vida perfumante
Olor de devoção
Diria abrasante,
De perder a respiração,
Ave de voo rasante
Sonho de declaração
Amada amante,
Oh!... poética divagação!
 
Daniel Costa
 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

POEMA SOPAS DE CAVALO CANSADO





SOPAS DE CAVALO CANSADO
 
De alimentação assisado
Assim tinha de ser o lavrador
Sopas de cavalo cansado
Trabalho sem moderador
Foi assim no século passado
O andamento era acelerador
Foi assim no povoado
Mata - bicho calibrador
Sopas de cavalo cansado,
Alimento penetrador
De açúcar polvilhado
Sopas de pão de trigo operador!
De vinho tinto ensopado,
De duas funções, curador:
- A de manter o físico alimentado:
- A de o manter menos sofredor,
Com a força era então conotado,
A todas as horas, grande vibrador
Sopas de cavalo cansado
Alimento estimulador.
 
Daniel Costa
 

sábado, 19 de dezembro de 2015

POEMA A TIBORNA


 
A TIBORNA
 
A gaiata o burgo orna,
Com o seu ar ligeiro
Ao olor da tiborna,
De preparado caseiro,
Com água morna
Pão de milho do quinteiro
Ali à vista da taberna
Esfregado com um alho inteiro
Em jeito de sopas se adorna,
Com azeite do galheteiro
Em petisco se torna,
Depois de Fevereiro,
O mundo se transforma  
Em dias altos como outeiro,
Tudo em alta forma
Em espaço vinhateiro
Olhem a imagem! Até a bigorna!
A gaiata, com graciosidade de caldeiro,
O quadro de beleza se entorna,
Em jeito de pena a sair do tinteiro
Duro trabalho e a tiborna!...
O jornaleiro despenseiro.
 
Daniel Costa
 
 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

POEMA EUNICE FERNANDES





EUNICE FERNANDES  
 
Sobrevoei a codilheira dos andes
Desembarquei em São Paulo
Eunice Fernandes
Verdadeiro e belo preâmbulo
Bonita, sensual e de virtudes
Altruísta é seu vocábulo
Na visão de poeta, de festividades
Verdadeiro incunábulo
Eunice Fernandes
Perseverança de régulo
Deambula em jeito dos humildes
A essa virtude tem vínculo
Antes de aterrar verifiquei as faculdades
Um anjo me segredou do seu cenáculo!
Eunice Fernandes
De muitas virtudes tabernáculo
A elegante mulher é-o, sem vaidades
Olha-la é desejar viver sem obstáculo
É, em São Paulo, procurar suavidades
Se amparar a um invisível báculo
Eis – Eunice Fernandes!
Intuí ao sobrevoar os Andes.
 
Daniel Costa

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

POEMA OS DEUSES ESTÃO ZANGADOS

 
OS DEUSES ESTÃO ZANGADOS
 
 Armas de todos os mercados,
Estão já nas rotas dos deuses,
Os deuses estão zangados
Lhes apraz ditar frases
Com estrondos prolongados,
A justificar armamentos eficazes
 Informando os mundos acabados!
Em lutas espalhadas e tenazes,
Dosagens, como mensagens em telhados
Terrores espalhados, por sequazes
Proliferam mediatizados
Conquistando originais fregueses
Os deuses estão zangados
Anunciam, os seus algozes!
Anunciam o fim como artes circenses
Os deuses fingem de irados
Mobilizando fiéis coniventes,
Espalhando terrores por tocas de alienados,
 Por toda a terra, se imolando como pacientes,
Então, dizei aos deuses depravados:
- O mundo é essência da natureza, fiquem cientes!
Não se finjam segmentados,
Haverá sim clivagens prementes
Os deuses estão zangados
Mas o mundo ficará com boas gentes…
Eternamente, com boas gentes!
 
Daniel Costa
 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

POEMA CASA DA MALTA



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CASA DA MALTA
 
Ao Domingo peralta,
Longe do palheiro
Casa da malta,
Parecendo galinheiro,
De contra-revolta
Fação de telheiro
Cheiro a coima, a multa,
De nababos capacheiro
Com certa neblina envolta
Se come, precisa ser cozinheiro
Com intempéries, não se revolta
Jamais adrega mealheiro
Na casa da malta, a mente salta
A caneta, dispensa tinteiro
O filho do nababo revolta
De impropérios archeiro
Sentindo-se na ribalta
Menino galhofeiro
Representa contravolta,
De fortunas, reposteiro
Casa da malta.
 
Daniel Costa

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

POEMA UMA DESCOBERTO



 
UMA DESCOBERTA 
 
Mundo de janela aberta,
No século passado invenção
Uma descoberta
Façamos de tudo doce canção
De tudo, amor e oferta,
  Tudo em estado de unção
Seja tudo como comporta,
Se abra a qualquer boa intenção,
Como a verdura da horta,
Que o mundo progrida em união!
Acenando em navio, na coberta
Criando grande prevenção
Prevenção sempre aberta,
A nova intervenção
Diariamente o mundo nos alerta
Dos astros há conjugação
A… Há sempre, pela certa!
Estejamos atentos à distinção
Uma descoberta,
Uma invenção.
 
Daniel Costa

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

POEMA QUEDA POÉTICA



 
 QUEDA POÉTICA
 

Pareceu profética
Talvez premonição
Queda poética
Domingo de ocasião
Choque de energética
A mula em pleno Verão
Exagerou na ótica
Deitou o poeta ao chão
No empedrado, na prática
Parecia cognição
Longe o sonho da informática
Deu-se a acumulação
Gente, a poesia, os livrou tácita
Rápida saída, alocução!
Havia uma mística,
Pretendida de afeição
Deu saída pragmática
Baixinho poeta e canção
Então de mansinho, tática
A mula transportou ao rincão
A gente olhou estática
O homem viraria edição
Queda poética.
 

Daniel Costa