quinta-feira, 27 de junho de 2013

POEMA AMOR PRAGMÁTICO




AMOR PRAGMÁTICO


Sonho soberbo lunático!
Metafísico, estonteante!
Amor pragmático
Digo, delirante,
Antes de sobrevoar o Antártico
O anjo mediático, atuante,
Em pessoa, se mostrou viático,
Eu em estado delirante,
Num País do Hemisfério sul, eu lunático,
Onde era viajante?
Me questionei, enfático!
Corria tudo num milésimo de instante,
Tanto mundo visitei, assim como anárquico
Noutra Galáxia me encontrei, inebriante!
A interferência do anjo, carismático,
Que desaparecera, porém faiscante!
Seria ele a me conduzir pelos céus, como em arco?
Haveria um horizonte?
No trajecto me senti feliz, não sorumbático,
Senti tudo estonteante!
Sempre pragmático,
Sem saber como, já estava frente a uma mulher amante!
Linda amante de um bebé, senti amor pragmático
Ao bebé chamei Saulo, era deslumbrante!
A mulher apresentava tez de avó, telepático!
A mulher era fascinante!
Cabelos loiros, gola grande, branco aromático!
Fixei de modo alucinante,
Me apaixonei , por ora, um pouco fleumático,
Nisto acordei, como se fora falso viajante!
A modos, que a me sentir trôpego e apático
Logo o som pastoril de uma flauta, chamejante!
Meu olhar atraiu simpático,
A bonita mulher me sorria a perguntar calmamente,
- Amor pragmático!
Queres ser meu amado amante?
Amor pragmático!
Aceitei logo, sem titubear naquele instante!


Daniel Costa





quarta-feira, 26 de junho de 2013

POEMA AMOR DIMENSIONAL

 


AMOR DIMENSIONAL

Gramatical
Místico
Amor dimensional
Artístico
Alegre como chilrear de pardal
Cabalístico,
No essencial,
Amor sem cheiro a trovisco,
Sonho de beleza de arraial!
Sonho a parecer petisco,
Não era ocasional!
Um anjo a me erguer em obelisco,
Achava o meu sonho leal
Amor verídico!
Emocional!
Me fez seu aliado,
Seu aliado principal!
Cósmico,
Cósmico opcional!
O preciso para um voo atómico!
Mitológico, com aval!
Sem saber, poderia estar a ser cómico,
Me achei um ser sobrenatural,
A voar noutra Galáxia, eufórico,
Seria normal?
Seria histórico?
 Me senti operacional!
A descida, me pareceu valor honorifico,
Me encontrei junto de um florido quintal
Da doçura de outra flor me certifico,
Que atracção de mulher! A parecer vertical,
Das cores com que se cobria, não abdico!
Oh deuses, do Olimpo exponencial!
Vivenciava, como explico?
O meu acordar, me pareceu demencial,
Me senti banido dos céus como mafarrico,
Para isso, não era caso afinal!
Já escutava um coro de anjos, o veredicto!
Me entregavam a linda mulher, intelectual
Em vez de arras, o canto lírico justifico!
Amor dimensional!
Amor dimensional!
Amor dimensional!


Daniel Costa




segunda-feira, 24 de junho de 2013

POEMA AMOR VIRAL




AMOR VIRAL

Vejamos o mundo atual
Era do nascimento de novo Saulo
Amor viral
Por via de marketing, virou Paulo
Ao tempo natural,
Saulo a certo mundo deu abalo,
Brilhante luz sobrenatural
Faiscou em jeito de estalo,
Escribas, registaram como foral,
 A alcachofa floriu e voltou a nascer Saulo
Num dia de Santo António, o milagreiro normal!
Estava o meu sonho de vassalo,
Entreposto por um vitral,
Um anjo, pensara, num intervalo
Entendeu o meu sonho, dimensional,
Pigarreou ao ajeitar o seu falo,
Me alou vocacional,
Gritou, Saulo, Saulo, Saulo!
Uma luz brilhante, fenomenal,
Me arremessou, para o espaço num esvoaçante pulo
Novo pulo até uma Galáxia, foi natural,
Sonhava e a mente matraqueava Saulo
Voava veloz, parecia vocacional,
Alguém comandava, em segundos, um século,
Se deu a paragem real!
Quem comandava, se matinha incógnito,
Dei por mim, já parado junto a um mural,
Reparei atónito.
Me era dado observar uma mulher especial,
Com ela troquei um olhar indómito
A mulher pareceu natural,
Vestida de vermelho branco, parecia esperar novo Saulo!
Quando acordei, já não vi o vitral,
Suspirei, parecia num túmulo!
Quando ouvi um hino, a parecer ancestral,
Reparei melhor, era o cúmulo!
Amor vital!
A maravilhosa mulher, ficava comigo, no nosso mundo,
O nosso amor seria original! 

Daniel Costa

sexta-feira, 21 de junho de 2013

POEMA AO SABOR DA BRISA




AMOR AO SOM DA BRISA

Aconteceu à guisa
A que os meus sentidos se guindaram
Amor ao som da brisa
As preocupações acalmaram
O sonho, como baliza
Intensões se firmaram
O amor iria ser divisa
Assim no sonho imaginava
Um anjo em que passara pela praia de Ibiza
Meu sonho vigiava
O sorriso do anjo parecia vir de uma frisa
O que se seguia esquematizava
O anjo trazia já uma divisa
A sonhar me senti no espaço, lesto voava
 Naturalmente, o anjo enfatiza,
Em breve para nova Galáxia saltava
Sempre a voar célere, a fé me moraliza
Como iria parar não imaginava
A certa altura, o parar, foi como prémio de vida,
Uma mulher, bela como diamante ali pontificava
A mulher em duas dimensões era uma querida
A luz irradiava
Porém, ela parecia tímida
 Não hesitei, com ela o olhar cruzava,
Com o meu olhar pareceu desinibida
 Produzida como estava, me fascinava
A mulher era linda, oh vida!
Foi quando acordei, meu coração ainda se deslumbra,
Mas de mente perdida!
Foi então que um estridente som de harpa,
 Me fez reparar na diva
Amor ao som da brisa!
Ali estava o amor para toda a vida! 




Daniel Costa


quinta-feira, 20 de junho de 2013

AMOR DE MONÓLOGO DO SILÊNCIO



AMOR DE MONÓLOGO DO SILÊNCIO


Pilatos, Pôncio
Monologava
Amor de monólogo do silêncio
Compenetrado, as mãos lavava
Fez como Prudêncio,
Não falava
A voz do povo era o anúncio,
Que a Pilatos preocupava
Era prenúncio, era que eu sonhava!
Um anjo adventício
No meu sonho adentrava
Como um núncio,
Junto ao meu leito expiava,
Para meu beneficio,
Em pouco, o anjo me alava,
Tão abnegado e cônscio!
O anjo, o meu fervor admirava,
Me concedeu auspício,
Já em outra Galáxia, a voar rodopiava,
Até que, admirado, sem bulício,
Numa clareira, certa alma invisível me travava
Olhei abismado, como um fenício,
Olhei bem, lá estava com a autenticidade de aldraba
Uma pedreira de calcário vitalício.
A servir de moldura a uma bonita mulher que posava!
Juro que não era artifício!
A mulher de tão bonita brilhava!
O meu coração, em sacerdócio:
- Para a beldade olhava,
O seu, com o meu de cruzou, como fogo de artificio,
De imediato o meu coração se apaixonava,
Porém o feitiço se quebrou, por Confúcio!
Acordei, os meus olhos, esfreguei, vi nada
Ruíra o almejado palácio,
Foi então que a minha mente se viu confortada,
Ao lado, na parede um indicador sombreado era o rácio,
Era a beleza da mulher, que o anjo fez seguir a minha pisada!
Amor de monólogo do silêncio,
Consumação pelos deuses e deusas aprovada!



Daniel Costa

terça-feira, 18 de junho de 2013

POEMA AMOR RENOVADO


AMOR RENOVADO

Eternamente reiterado
Afinal o sinal predomina!
Amor renovado
Por vezes a compreensão desafina,
O amor parece abafado
Por gestos que são rotina,
Sempre o efeito vem sendo sanado
Com certa sabatina,
Sabatina do ser amado!
Por fim o amor atina,
Aceita não ter havido pecado,
Verificou o anjo de branca batina
Me deu força e recado,
Meu proveu de asa latina
Me vi a andar na via láctea, desempenado
 Depois de ter subido o céu à bolina!
Pulei a uma galáxia, entusiasmado
A felicidade me domina,
Vi luas e luares, admirado
Um crucial momento se aproxima,
Junto a uma árvore já estou parado,
Junto a ela está a deusa da minha vida!
A linda mulher que preconizei, o ser amado!
Comigo será eternamente, bem, sucedida,
Comigo, aconchegado,
Meu olhos se fixaram na diva,
Os dela brilharam, um dado!
Pareceu atrevida,
Era eu já acordado!
A estremecer com o sonho,
Cantarolando a nostalgia de um fado,
Quando olho a aurora, doce como medronho
Com ela, a mulher por quem me havia apaixonado!
Estremeci, de novo, risonho.
Amor renovado!



Daniel Costa

domingo, 16 de junho de 2013

POEMA AMOR LIBIDINOSO




AMOR LIBIDINOSO
De imaginação vertiginoso
Amor ao primeiro olhar
Amor libidinoso,
Se pode pensar,
Porque não o imaginar apenas venturoso?
Até ao momento de consumar!
Em que tudo será mais gostoso,
Mesmo que na intimidade, possa certos rumos tomar!
Partindo sempre dum jeito terno e amoroso
Era eu a sonhar!
Um anjo de mim cuidava mimoso,
Lhe pareceu no sonho rejubilar
Rejubilar num sonho portentoso
Pensou ter de mim muito a esperar,
A modos que a ensaiar um amor libidinoso
Sorriu e me pensou, menos vulgar,
 Me alou pressuroso
Em pouco estava a girar no éter, no ar
Atingi o metafísico vertiginoso,
Depois, depois, andei por uma Galáxia a planar
Jamais saberei como poisei em terreno tão aquoso!
O mirei devagar
Reparei na mulher junto, esse ser formoso,
Uma mulher bonita de admirar
A olhei me senti ditoso,
Mais ainda quando ela comigo cruzou o seu olhar,
A seguir, acordei desditoso,
Desditoso, com o olhar a vaguear!
Foi então que, ao longe, escutei um coro harmonioso,
Coro de anjos e arcanjos! A beldade me vinham doar,
Amor libidinoso,
Com quem iria trocar carinhos de amor impar!


Daniel Costa