terça-feira, 30 de abril de 2013

POEMAAMOR DE INTRODUÇÃO


AMOR DE INTRODUÇÃO 

Sonhar é desta encarnação
Meu dote encantatório
Amor de introdução
Dote laudatório
Amor de devoção
No zimbório
Do meu coração
Assim sonhava com um promontório
Diria de outra região,
Amor evocatório
De outra galáxia, sugestão
Veio o anjo com ar risonho, provocatório,
O anjo irmão!
Considerou meritório
Me elevar com um safanão
Me deu asas, o finório!
Amor de introdução
Subi, julgo ter passado pelo purgatório
Sonho de diversão?
Sermão introdutório!
Rindo e cantando feito orfeão
Quiçá desgovernado laboratório!
Porém levava orientação
Visto ter parado, não no irrisório,
Avistei um brilhante vermelhão
Como ofertório,
Uma linda mulher desafiava até o vento suão
Contrastando, no seu magentão
Despido de verde, como sanatório,
Com a secura do calcário de então
Sua estrela, mulher tenório!
Mulher de outra dimensão!
Como ela, olhares cruzei, migratório!
 No planeta terra, ou no “paraíso” da desilusão
Acordei simplório
Amor de introdução
Vislumbrei o manto de anjo ambulatório
Sem pressão,
De novo me apresentou, aquela paixão
Rejubilei como um Sertório
Amor introdutório! 

Daniel Costa


domingo, 28 de abril de 2013

POEMA AMOR GINGÃO



AMOR GINGÃO

Tal como um rufião
Num sonho, vivenciei
Amor gingão
Mais pesadelo, padronizei!
Me pareceu estar na vastidão,
Num caos, ironizei!
Agora eu era rufião,
Me orientar porfiei,
Me sentia fadistão
Desejava moderação, equacionei!
Quando senti a doçura de uma mão,
Mão leve e suave: do anjo, imaginei!
Possível bênção!
Contentamento foi o que revelei,
Quando me senti bodião,
Daqueles que pesquei,
Eis que me senti num hidroavião
Nas águas planei
Voava num seu vagão,
Numa rapidez, que nunca contei
Rumava a outra galáxia, a uma nova região
Outra esfera, uma ideia que afaguei,
 Tanto queria, o amor de outra dimensão!
Onde a luz e as flores desejei,
Afastar o amor gingão,
Como um dia projectei!
Seria a ocasião?
Ocasião de amar que vaticinei!
 Me fui sentindo voar no mesmo furgão
Entre galáxias voei
Parei junto a festa, antevi um faustão
Flores, muitas flores: confirmei!
Brilhava a luz, no grande salão!
Sempre afirmarei!
Entre elas, o mais lindo florão!
Linda mulher eu admirei,
Trocámos olhares e por ela me apaixonei
Fiquei prisioneiro da comoção,
Quando o sonho, se esfumou, anotei!
Foi como um sonho de Verão,
O anjo, ora insólito, avistei
Me apontou a mulher “peixão”,
A mulher que no sonho amei,
Estava ali a mansidão!
O amor que preconizei!
A apagar o meu estatuto de gingão,
Chegara o verdadeiro amor que cismei
Amor gingão
Soletrei e apagueI
A dar lugar a novo amor, a nova visão!

Daniel Costa

sexta-feira, 26 de abril de 2013

POEMA AMOR DE ESPERANÇA




AMOR DE ESPERANÇA
Sempre trago na lembrança
A terna presença da mulher
Amor de esperança
Jamais outra coisa qualquer
 As deusas me concederam a bonança:
- Um anjo, para no olhar me acolher,
Santa aliança!
Um sonho veio a acontecer
Comum na minha roda de dança
Desta vez, brilhante de entontecer,
A mostrar pujança
Finesse de malmequer,
Naturalmente, do anjo balança!
Sem pressagiar sequer,
Me senti projectado como lança,
No sideral espaço, sem escaler,
A autoconfiança
Que o estar noutra galáxia requer
Uma parelha de corcéis, sem tardança,
Sem gemer,
Atrelados com segurança,
A um trem sem distorcer
Amor de esperança,
Na relva, ao entardecer,
Uma mulher bela como faiança
Junto ao mar, mulher linda de estarrecer
Me apaixonei, com segurança,
Acordei, quando senti o alvorecer,
Senti perdida a confiança
Senti o anjo a dar-me parecer
Mirei, a recuperar a esperança,
Estava a renascer
O amor de esperança
Ali, me olhava a bonita mulher,
O amor de esperança,
Ao raiar, ao amanhecer,
Como trazida por ordenança
Do anjo da esperança!


Daniel Costa

quinta-feira, 25 de abril de 2013

POEMA AMOR ITALIANO



AMOR ITALIANO


Preconizo o cotidiano,
Como a Torre Eifell
Amor italiano
Romantismo de cinzel
De bom samaritano
Excluam-se torres de Babel
Privilégio do anjo veterano
A sonhar, o senti reflectido em painel
Parecia humano
Numa interpretação de goldspell
Me atribuiu poder de relevo, arcano
Me fez sentir poderoso fiel
Música de violino e piano
Intercepção de S. Gabriel
Voava noutra galáxia, a parecer alsaciano
Voava como o profeta Rafael
Numa galera atrelada a dois póneis como baiano
Com som de fundo de Bolero, de Ravel
Coro moderno e sano
Magia, cortiço de mel
Parecia nas cálidas noites do mundo Paraibano
Saxofones de pincel
Num mundo, diria: pró ariano
Tudo parou manipulado a cordel
Era à beira de um oceano
Praia a parecer deserta, sem batel
Mostrando bonita mulher de olhar meigo e humano
Sempre a sensação de sentir o Bolero de Ravel
Amor italiano
Me apaixonei e fiquei fiel
Quando acordei, como um camoniano
Romântico, com o fulgor, não haveria sabor a fel!
 Senhor! Gostei tanto dela, com romantismo camiliano!
Me estava reservada a última do anjel,
O espectro de uma mão me indicou a amada, o amor italiano!
Ditada por um Deus, dito Emanuel
Amor italiano
Penitência: escutar o Bolero de Ravel!
Com saxofones, ou sax. Paraibano!
Amor italiano! 

Daniel Costa

terça-feira, 23 de abril de 2013

POEMA AMOR DE VERDADE





AMOR DE VERDADE
  
Pertenço à irmandade
A merecer ser consagrada!
Amor de verdade,
Verdade vivificada,
Vivificada com sanidade,
Sempre vivenciada,
Em plena liberdade,
A verdade sonhada,
Sonho de eternidade
Estado em que senti uma revoada
Era o anjo, com sagacidade,
Me orientava numa jornada
À galáxia, com celeridade,
Debruçado na amurada
Na barquinha dum balão – bondade
Cheguei, na verdade balançada,
Que felicidade!
Senti doirada!
Infinita feminilidade!
Bonita mulher, logo amada.
No seu traje, azul e amarelo, uma potestade.
Seu olhar, de beldade esperada,
E eu cheio de ansiedade!
Oh deuses! Como me era apresentada!
Na minha terna humildade!
Parecia uma verdade adornada,
Adornada de flores de suavidade,
Roxas imaculadas,
Testemunhos de veracidade!
No entanto acordei, vi nada!
Entretanto me virei, com naturalidade,
Um véu, uma sombra enfeitiçada.
Me revelava cumplicidade,
Me sorria a mulher amada,
Amor de verdade!
Para um amor feliz, nada faltava! 


Daniel Costa

domingo, 21 de abril de 2013

POEMA AMOR INESPERADO




AMOR INESPERADO


O poeta enlevado
Sua trova trauteava
Amor inesperado
Num sonho que o elevava,
Regalado,
O brilho do luar olhava,
Fascinado,
Sonhava!
Adaptado,
O anjo, o seu sono expiava!
Arrazoado, delineado,
Profetizava,
Elevar o sonhador, aerotransportado,
Adaptar o poeta Idealizava,
O fazer subir numa cápsula de foguetão,
A mesma que na galáxia o voo profetizava!
No sonho o poeta se sentia orgulhoso,
Cujo orgulho mais aumentava
Voava num frenético gozo,
Eis que, bem enquadrada!
Por um bosque, frondoso
A bonita mulher numa praia posava
Eu, o poeta, a desejei num amor portentoso
O nosso olhar se encontrava
Olhar que não era sinuoso,
Com a brancura leve de sua capa contrastava,
Me senti venturoso
Logo após, no meu espaço acordava,
Suspiroso!
Perdia o “elan” e me sufocava,
Quando senti o anjo esplendoroso,
Que me abanava,
Olha … Aqui tens a mulher, anjo amoroso!
Amava, o gozo e o vivenciava:
- Amor audacioso!
Delicioso, auspicioso!

Daniel Costa

quinta-feira, 18 de abril de 2013

POEMA AMOR LENDÁRIO


                   


AMOR LENDÁRIO 


Edílico cenário
Nuvens e altos coqueiros
Amor lendário
Faltava o arco-íris e canteiros
Havia um ideário,
Um sonho, como o dos pauliteiros,
Quando o anjo vigário,
Me olhou pareciam, muitos sorrateiros
Era apenas só, solitário e solidário
Tanto que entre imbondeiros
Aos céus subi no seu viário,
Ali numa galáxia, como um dos timoneiros
Um machimbombo, terciário.
Me esperava, como agente de aduaneiros
A planar aqui, a flutuar ali, pareceu planetário,
Apontado a um objectivo, a amieiros,
A um paraíso ervanário!
Dos verdadeiros,
Parecia comandado, por um tracejado,
Que o levou a parar à vista de altos coqueiros,
Coqueiros e alta relva, num bordejado!
A emoldurar uma mulher, um amor dos feiticeiros!
Meus deuses e deusas! Fiquei enfeitiçado!
Era uma mulher, uma flor, para o melhor dos canteiros
A beleza, adornada de vestido estampado,
A invejar terceiros,
Qual anjo adornado, reluzente, doirado!
A bonita mulher me sorriu, seria dos pioneiros?
À fé de quem sou, fiquei embevecido, babado!
A conquistar desejei, ser dela um dos carcereiros,
O privilegiado, o legionário!
Ser um dos generais ou dos brigadeiros
A sonhar já com o intenerário,
Desci ao meu espaço na terra, mundo dos verdadeiros!
Voltei a sentir o espectro do anjo imaginário,
O fresco da água de coco, os frutos dos coqueiros,
Amor lendário!
A anjo ma fez ver, aqui, como um dos alvissareiros,
Amor, gostosamente, lendário,
Jamais solitário,
Amor lendário!



Daniel Costa