domingo, 31 de março de 2013

QUANDO O AMOR PÁRA

 

QUANDO O AMOR PÁRA
Terei recordado a capivara
Submersa num pantanal
Quando o amor pára,
Parou num país tropical
Tomou de café, uma chícara
Pareceu de personagem original
Era num sonho, pudera!
Embora parecesse real,
Da sentimental esfera,
Senti o meu anjo, um ser sobrenatural!
Seria quimera?
Ou desarranjo mental?
Este me impelia para a estratosfera
Como dotado de dom natural!
Novo mundo, outra galáxia, pareceu nova era!
Um gozo original
Lá estavam corcéis à espera,
Atrelados a uma galera especial,
Eis que junto a uma mulher, o amor pára!
Como se fora arraial
Quando o amor pára,
Num mundo espacial!
Num veloz voo que o anjo me ofertara
Deu lugar a uma bonita mulher afinal
Deuses, como por ela me apaixonara!
Quando desperto, no mundo terreal
A minha mente avara!
De um encontro em sonho, se tornasse ideal
Do alto uma voz escutara:
- Olha, sonhaste e desejaste, nada foi virtual:
- Quando o amor pára!
A mulher que viste, viu em ti amor de beleza ritual,
Quando o amor pára.
A mulher sente, o amor reluzente, como vitral.
Quando o amor pára!!!

                                                                 Daniel Costa

sábado, 30 de março de 2013

POEMA AMOR FRAGMENTADO


 

AMOR FRAGMENTADO


Sentimento elevado,
Quem ama todo o mundo!
Saberá deter, um amor fragmentado
Ainda que pareça amor vagabundo,
Será acto achocolatado,
Amor fecundo!
Sonhava o poeta, motivado,
 Lhe pareceu escutar vozeirão profundo
Era a voz do anjo, meu advogado
Preconizando um voo a novo mundo
Amor fragmentado!
Em outra galáxia, o sentiria rotundo,
Retumbante, congraçado!
Bem virado para enfeitiçar num segundo
De cores e aromas matizado!
O anjo para isso me tornaria poeta fecundo
Me muniu de foguetão minimizado,
Nele voo e circundo,
Ao redor de toda a galáxia, aero transportado
A certo ponto, me confundo
O mini foguetão pareceu telecomandado,
Parava junto ao que pareceu mansão, num microssegundo
A uma sala, seria plano por deuses arquitectado?
Eis que uma bonita mulher me faz um aceno jocundo,
A mulher de sorriso rasgado,
Eu sem saber dessoutro mundo,
De imediato, me senti acordado,
A sentir, o sorrir, o pigarrear, não me confundo!
A beleza de mulher a meu lado!
Em violáceo de encantar qualquer poeta Segismundo!
Sorriso adequado
Silêncio, como clamor, de amor que tocara profundo
Amor fragmentado,
Amor de todo o mundo
Estatuto apenas meu, por isso fragmentado!
Daniel Costa

quarta-feira, 27 de março de 2013

POEMA AMOR CUMPLÍCE



AMOR CÚMPLICE


Policial, não cúmplice,
Nem perante o amor, recuaria
Amor dúplice,
Apurar a verdade era primazia
Jamais bizantinice
Seu irmão, na ourivesaria,
O meu mundo é a ourivesaria e Veronice,
Sempre este repetia
Era a sua patena, o seu o erguer do cálice,
A ele parecia que, o melhor dos mundos existia
Uma regular brejeirice!
A sua tolice, o irmão investigador, comprazia
Num ápice,
Este, a resolver o puzzle, desconfia,
Desconfia do códice,
Prender o próprio irmão - pediria
Para alimentar as futilidades de Veronice,
Assaltava, escudado na ourivesaria,
Este o meu sonho talvez bonacheirice!
A visão do anjo me acalmaria!
Me acalmaria da cabulice!
Me fazer sentir a benignidade iria
Em voo picado sem espavento, sem códice
Uma imensa galáxia, em voo percorria!
Munido da crendice,
Da que o anjo me imbuía
Livre, sem apólice
Doce visão me atribuía,
Doce mulher, de beleza singela de cachopice
Me fixava, me atraia,
Emocionado, me vi acordado, sem fanfarronice
A recordar o contrastante verde que seduzia,
Com o vestido vermelho, denguice!
De novo, o anjo pairou, me amolecia,
Amor dúplice
O seu olhar me comprazia
Amor dúplice!


Daniel Costa

segunda-feira, 25 de março de 2013

POEMA AMOR INTRÉPIDO




AMOR INTRÉPIDO 

Fortemente Atingido,
Ungido de felicidade,
Temos o portador do amor intrépido!
Aquele a quem tocou a verdade,
Da seta do Cupido,
Amor de inteira veracidade,
O coração ficou derretido,
Vontade amorosa, de legitimidade,
Da imagem de uma rosa cingido!
Sente o crepúsculo, anunciando jovialidade,
Dum sonho imbuído,
De amor, ternura e cordialidade,
A figura do anjo, de nota alta decidido
Me fez mergulhar no espaço, em busca da lealdade
Como numa capsula de foguetão definido,
Já voava veloz, noutra galáxia, em nova humanidade,
A cápsula, comigo penetrou, no que pareceu teatro dirimido,
Uma mulher, uma atraente gaiata a indiciar beldade
 Jovialidade, a prever que o sonho seria interrompido.
Ela era bonita na realidade,
Me fixou, rápido!
Valeu, a liberalidade,
O ser fantástico, lépido,
Como se tivesse o dom da ubiquidade,
Ao mesmo tempo, acordava céptico.
O dom do anjo me cumulou, na realidade:
- Ergui o sentido da visão, tal herético
A mulher de “t shert” preta, saia vermelha, isenta de maldade,
Amor intrépido!
Amor de outra comunidade!
Amor intrépido,
Merecimento, talvez de sagacidade! 

                                                                  Daniel Costa

sábado, 23 de março de 2013

POEMA FESTAS DE SÃO JOÃO

 

FESTAS DE SÃO JOÃO
Num destino então!
Todo o nordestino
Fica em festa pelo São João
Têm fama as festas de Campina Grande
Levados pela emigração
Os Santos Populares, as sua festas,
Tornaram-se manjar de em povo folião
A Campina Grande, cidade do interior da Paraíba
Se ufana da tradição,  de ter do mundo o maior São João
No mesmo Estado brasileiro, cito Santa Luzia
Cuararú deseja ter parte de leão
Em Pernambuco está essa cidade
No nordeste em Junho, comanda São João
Naquele grande espaço agreste
Reina o forró e a sanfona do baião
Os nordestinos, desde meninos
Têm pelo Santo enorme devoção
Os profanos festejos juninos, são desejos
Desejos de mostrar gratidão
Em dois mil e doze,
É muito recordado o baião
 No centenário seu rei, Luiz Gonzaga
O famoso grande folião
Que exortava a alegria na secura,
Evitando o tristeza no sertão
Como não podia deixar de ser, por tradição, reina,
A figura da Maria Bonita e o seu Lampião
Não pode ser esquecido o facto
Ter sido a emigração
A implantar ali o culto aos Santos Populares
Dentre eles São João
Não se menospreze a folia no Porto,
A vivacidade e a animação
Bem composto programa para todo o mês  
Como o nordeste do Brasil, talvez não
Só na real passagem vinte e três – quatro
Há muito vigor e vibração
Daniel Costa


quinta-feira, 21 de março de 2013

POEMA AMOR BLINDADO A CHAMPANHE




AMOR BLINDADO A CHAMPANHE


Há quem se banhe
Sem esperar as gotas do seu borbulhar,
Amor blindado a champanhe
Será amor de terno e eterno olhar!
A ter quem o acompanhe,
Era eu, mesmo a sonhar
Pensava em alguém, não se estranhe!
Estranhe, o Beneditino Dom Périnhon evocar,
Se arrepanhe,
No sonho, o frade francês associar,
O método do borbulhar do champanhe,
Onde os enólogos da Quinta da Raposeira o foram apurar:
- Da portuguesa cidade de Lamego, ninguém estranhe!
Também esse se poderá igualar!
Que um anjo me acompanhe!
Cismava assim! Sem dar conta de mim, já me via no ar!
Voava? Que se amanhe!
A alguma galáxia iria parar!
Percorria terra, mar, céus almejando champanhe,
Marca, não específica, bonita mulher a me acenar.
Que ninguém vença e se banhe!
Arrisquei! Os dois sós vamos brindar?
Amor blindado a champanhe!
O anjo, encarnando o frade Dom Périnhon a aprovar
Ainda que um véu de penumbra se estranhe!
A bonita mulher de azul, no seu mundo consentiu, brindar,
As bolhas no palato, nos lábios a estalar! Que se arreganhe!
Em pouco me senti acordar,
O anjo se condoeu, aventura de gostoso champanhe!
A mulher estava ali comovida a me velar
Amor blindado a champanhe,
Eternamente, a podia amar!


Daniel Costa

quinta-feira, 14 de março de 2013

POEMA AMOR NO DEALBAR


AMOR NO DEALBAR

Trombetas a ressoar
A chegar um mundo novo!
Amor no dealbar
Contentamento do povo,
Este a festejar
Assim resolvo,
Com a esperança a ribombar
De bonança absorvo,
Vivendo a sonhar
Sonho risonho,
Sem pestanejar
O anjo, manto bisonho!
Sem o sentir, a me rodear
No leito me revolvo,
Com ligeireza me vi voar
De nuvens, luas e sóis, me envolvo
A outra galáxia, a outro planeta a chegar
O que me envolvia, me parecia polvo,
A me abraçar,
Era nada, revi sôfrego!
Bonita mulher a me olhar
Eu já envolto,
A me apaixonar!
Para aquela doçura me volto,
Quando me sinto acordar
Meus deuses! Estarei solto!
Vos imploro, venham perdoar,
O anjo se condoeu, qual garoto!
Amor no dealbar
Fogo de luz me há aposto
A mulher a meu lado a sorrir e a acenar
Sonho de amor no dealbar!

Daniel Costa

segunda-feira, 11 de março de 2013

POEMA AMOR NATALINO





AMOR NATALINO


O puro amor será cristalino
Brilhante como mar de prata
Amor natalino
Reluzente como pedra de ágata,
Diamante lapidado, fino
No meu sonho o senti como nata,
O sonho reflecte nosso tino
O sonhar poderá ser a seguir a serenata,
Acontecia, me parecia o badalar o sino,
Era o anjo em fragata
Me embalou, como menino,
Andava em regata,
Traçava o meu destino!
 Me fazia viajar alado, a nova bravata
Amor natalino
Em pouco, tropical mata
Era já esperado por amor divino,
Parelha de pilecas, em voo, me acata,
Benfazejo hino,
Sobrevoa a mata, estaca
Mulher, anjo, flor para o eu rabino
Me pareceu gaiata
Senti como se fora stradivarius - violino
Deslumbrado como acrobata
Feio menino, felino!
Me apaixonei como se fora apostata
Fora eu da Madragoa, varino!
Naquele dia, naquela data,
Acordava repentino
O anjo invisível, burocrata!
Escutei sua doce voz de ensino
Aguarda, como diplomata
Terás amor bizantino,
Que na galáxia desejaste, em cascata
A mulher atraente, o eterno amor natalino
Amor natalino!


                                                                 Daniel Costa